Parece mentira só em 2023 escrever um post sobre uma viagem que fiz no início de 2022, mas mais vale tarde que nunca!
Esta viagem nem era para ter acontecido neste ano, mas sim em 2021, de modo a vermos os Mercados de Natal de Viena que tanta fama têm (e que dariam uma história bem mais interessante no blog), mas a nossa "amiga" pandemia resolveu dar-nos a volta e em Dezembro de 2021 a Áustria era um dos poucos países da Europa que fechara as fronteiras. Resumindo, tivemos que adiar a viagem...
Os voos tinham sido comprados para 2021 pela TAP e, como sempre, foi uma complicação conseguir adiar o voo, mesmo provando que a culpa não era nossa mas que era o país de origem que estava fechado. A única altura que conseguimos alterar a viagem (e que não ficasse um rim de dinheiro) foi para o último fim-de-semana de Fevereiro (spoiler: altura péssima para viajar para Viena).
Dia 1
Voos comprados pela Skyscanner e adiados diretamente com a TAP (serviço péssimo de assistência ao cliente mas o que nos valeu foi ter lá um contacto) e alojamento pelo AirBnb (nunca desilude!). Conseguimos ir a uma sexta-feira bem cedinho, por volta das 7h de Lisboa, e assim aproveitar bem 3 dias de estadia na capital austríaca. Embarcámos mesmo no dia seguinte ao início da guerra na Ucrânia e ficámos um bocado nervosas com a situação. Como a pandemia ainda estava a fazer estragos no país, era obrigatório em todo o lado o uso de máscaras FFP2 e a apresentação do certificado COVID, logo a saída do aeroporto demorou um bocadinho mais do que o que esperávamos.
Após passagem pelo controlo conseguimos ir de transportes públicos para a casa onde iríamos ficar. A rede de transportes públicos em Viena é brutal, com comboios e metros de superfície em todo o lado. Comprámos mesmo no aeroporto o Vienna City Card de 72h e deu-nos liberdade para circular sem chatices.
Rapidamente chegámos a casa e ficámos satisfeitas com o Airbnb que alugámos. Era um T0 (erámos 3 chicas), mas que tinha os WCs separados (sanita numa divisão e chuveiro noutra). Era num rés-de-chão mas com uma pinta muito moderna misturada com o clássico que define a cidade! Ficava mesmo ao lado de uma paragem de metro de superfície e subterrâneo (ou comboio, não percebemos bem como eles os definem), o que nos dava uma maior autonomia para nos movimentarmos pela cidade.
Em Viena existe uma cadeia de supermercados, a Billa, tipo Minipreço, que está presente em quase todo o lado. Tínhamos um a 5 minutos a pé de casa e, qual não é o nosso espanto, a comida lá não é nada cara em supermercados! Marcas como a Alpro têm preços mais acessíveis lá do que em Portugal, por exemplo.
Após as nossas compritas e de um snack rápido fomos para o centro da capital para fazermos uma free walking tour, ou seja, reservamos uma visita guiada a pé, em grupo, pelas principais atrações da cidade e no fim pagámos o que achámos ser justo pela visita, não sendo de todo obrigatório. A visita foi em inglês e o guia era super simpático, explicava muito bem e até tinha sentido de humor. Na visita acabámos por conhecer várias pessoas de outros países, o que foi também muito interessante. O único senão desta visita: o frio de rachar!!! Apesar de ter sido por volta das 15h, não havia sol e o inverno em Viena é mesmo frio...
Começámos a visita no topo do museu de arte Galeria Albertina, bem perto da Ópera de Viena. Seguimos pela cidade onde entrámos nos jardins do Complexo de Hoffburg, onde está a famosa estátua do Mozart. Neste complexo existem vários edifícios importantes, como o Palácio, uma estufa, o museu do tesouro, entre outros. Visitámos exteriormente os Museus da praça Maria Teresa, que são o Museu de História Natural e o Museu de Arte. É tudo bastante perto, falamos de distâncias de metros que nem chegam a quilómetros de diferença.
Tudo muito bem conservado, senão fosse o frio decerto que os jardins maravilhosos teriam dado outro ar a este complexo.
Visitámos exteriormente a Biblioteca Nacional e
passámos pela Catedral de S. Estevão e foi por aqui que terminou a nossa tour.
Como terminámos a visita na hora do lanche fomos a um café ali perto provar o famoso appel strudel, que é nada mais nada menos que um folhado de maçã! Neste café (Café Diglas) estava um senhor a tocar piano atrás de nós, que ambiente espetacular (apesar de nos lançar uns olhares ameaçadores...)!
Demos mais pequeno passeio pela zona e fomos para casa jantar e arranjarmo-nos pois íamos à Ópera nesta noite! Comprámos os bilhetes para assistir a uma peça chamada "Tosca". Ficámos no andar de cima e pagámos 57 euros por bilhete. O espetáculo começou a horas, como chegámos 5 minutos depois tivemos que assistir à primeira parte numa sala afastada através de um televisor, para não perturbar o espetáculo (mesmo à tuga!). Quando finalmente conseguimos ir para os nossos lugares ficámos maravilhadas, que sitio e ambiente maravilhosos! No que toca ao outfit há de tudo - pessoas vestidas de gala, turistas de jeans, pessoas mais formais. O que nos espantou mais foi como conseguimos entender a história toda, pois cada lugar tem um ecrã onde passam legendas!
Dia 2
Cansadas do primeiro dia resolvemos não parar no segundo, e lá nos levantámos cedo para seguir viagem.
Fomos visitar a Biblioteca Nacional e o Museu de Arte, onde estava exposta a grande coleção de arte da família real. Um edifício tão grande com tanto para ver que 2 a 3h que lá estivemos não deu para tudo. Mas valeu a pena!
Comemos num restaurante vegan ali ao pé (Venus Bistro) e seguimos para o Palácio de Schonbrunn. Fica um pouco mais distante do centro da cidade mas facilmente se vai de transportes públicos. Aqui ficámos com muita pena pela altura em que viajámos, pois uma das coisas mais bonitas de se ver são os jardins que estão todos queimados do frio. No entanto visitámos a estufa e passeámos pelo jardins.
Neste dia ainda deu para vermos um bocadinho de Viena à noite mas com o frio regressámos cedo para casa.
Dia 3 - Último dia!
Saímos de casa com as mochilas às costas, pois já não iríamos regressar a casa e o caminho que fomos fazer afastava-se um bocado do centro, ficava mais perto do Rio Danúbio.
Fomos então ver a famosa Hundertwasser Village, um lugar bem diferente do que tínhamos visto até agora desenhado por artistas.
Aqui há uma espécie de mini centro comercial com várias lojas onde se podem comprar várias lembranças.
Seguimos de metro e fomos ao famoso e mais antigo parque de diversões da Europa - o Prater Park!
Andámos na famosa roda gigante e tivemos a sorte de neste dia o sol espreitar. Como era domingo haviam várias famílias a passear no parque. Um sítio que aconselho mesmo muito a visitar, de preferência numa altura de maior calor pois por ser inverno algumas atrações estavam encerradas.
Fomos almoçar ao Cafe Harvest , também com opções vegan e formato self-service opcional. Aqui vimos uma Viena mais urbana e não tão histórica.
Considerações finais:
Viena vale muito a pena visitar e é uma cidade que se visita bem em 3 ou 4 dias.
Fevereiro é uma péssima altura para a visitar, pois a natureza envolvente deverá ser muito mais interessante na Primavera ou Verão, e o frio que se apanha nesta altura condiciona a viagem.
As coisas não são muito caras, principalmente bens essenciais, no entanto o café, como em vários sítios fora da península ibérica, e outros extras são muito mais caros que em Portugal.
É uma cidade rica em cultura e recomendo aos amantes da mesma.
O inglês dos austríacos no geral é um pouco difícil de perceber, por causa do sotaque.
Conseguem voos diretos a bons horários baratos. Onde ficarem hospedados de certo que têm uma paragem de metro perto, é fácil de andarem pela cidade.
Até à próxima viagem!
Saritzie
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