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Saritzie C.

Faial - uma ilha com muito amor

Atualizado: 19 de set. de 2020

Estamos em 2020 e com a pandemia por poucos lados podemos andar… Então eis que surge um convite – um casamento na ilha do Faial. Perfeito para viajar, pois é um sítio seguro em relação ao COVID e continuamos no nosso país, caso haja algum problema. Comprámos a viagem para duas pessoas, onde fomos pela SATA com bagagem de porão incluída. O casamento era dia 29 de Agosto então comprámos os voos para irmos dia 28 à tarde.

Fomos para o Faial 5 dias, sendo que o primeiro e o último não contou – chegámos à tarde e partimos logo de manhã. No primeiro dia chegámos por volta das 17h30 e ficámos na casa de um amigo, não conhecemos a ilha. No segundo dia vimos pouca coisa, foi o casamento então o dia ficou perdido. Só no terceiro dia é que fomos explorar as maravilhas que o Faial tem para nos presentear sem horário e sem compromisso.

Antes de viajarmos tivemos que realizar o teste do COVID 72h antes da viagem (tudo pago pelo governo dos Açores) e como fomos depois para São Miguel, logo ficávamos mais de 6 dias nos Açores, tivemos que repetir um segundo teste no Faial no penúltimo dia. Os resultados foram muito rápidos e correu tudo bem.

As duas primeiras noites ficámos em casa dos pais do noivo, que são do Faial, só na terceira e quarta noite é que fomos para um hotel. Alugámos carro pela Hertz para estes dias.


Dia 1 (2º dia na ilha do Faial, mas o primeiro a explorar):

Neste dia tivemos um casamento mas de manhã, como tínhamos que ir buscar o nosso carro alugado, fomos visitar um pouco da cidade da Horta. Tem uma marina enorme, com vários barcos, e à volta da marina um paredão onde, contam os locais, quem vem de barco de outra zona do mundo e atraca ali pinta o mural com o pedaço de algo característico da sua terra.


Aqui vê-se o mural pintado onde os barcos atracam e o Miradouro Da Nª Srª da Conceição
Marina da cidade da Horta

A cidade, por causa da marina, apresenta um formato parecido com uma baía. De frente para a ilha do Pico apresenta nas duas laterais dois miradouros, o da Nª Sra da Conceição e o Miradouro do Monte da Guia.

De um lado vê-se Horta e do outro o oceano
Monte da Guia com vista para Porto Pim


Após o casamento fomos tirar fotos para este último miradouro, daqui consegue-se ver a famosa Praia de Porto Pim, uma baía lindíssima, e o resto da cidade da Horta.





Dia 2 (na ilha é o 3º):

Partimos da Horta e seguimos pela costa em direção à freguesia de Castelo Branco. Pelo caminho vêem-se vários miradouros onde se pode parar e tirar fotografias magníficas ao oceano Atlântico, como por exemplo, o miradouro das Lajinhas – onde existe uma pedra que parece um elefante a ir para o mar (no próprio miradouro não se consegue perceber isso, temos que ir um pouco mais à frente).


Pedra do Elefante - Miradouro das Lajinhas

Continuámos e parámos nas piscinas naturais de Castelo Branco. As piscinas situam-se muito perto do aeroporto e têm uma paisagem magnífica, bem como pequenas poças de água do mar para nos banharmos, se preferirmos ao invés das piscinas. Em todas as piscinas naturais existe sempre nadador salvador. Não quisemos logo ficar por aqui e fomos um pouco mais à frente explorar outras hipóteses para irmos ao banho.


Piscinas Naturais de Castelo Branco
Morro de Castelo Branco

Pelo caminho visitámos o Morro de Castelo Branco, aqui a vista é maravilhosa e pelo caminho vê-se a beleza dos animais à solta. Parámos então nas piscinas naturais do Varadouro. Não que estas fossem mais giras ou tivessem menos pessoas que as de Castelo Branco, mas por esta hora já estava muito calor (apesar de o tempo estar nublado e a temperatura a rondar os 26º a humidade não ajuda nada). Mergulhámos no lado esquerdo, onde não havia ninguém e onde se localiza uma pequena baía com uma prancha para saltarmos. Água tão translucida e espetacular, que sensação de espanto a mergulhar no oceano!


Piscinas Naturais de Varadouro

Após uns quantos mergulhos continuámos junto ao litoral e só parámos nos Capelos, mais concretamente no Vulcão dos Capelinhos. Paragem obrigatória na ilha do Faial! Tem também uma praia e a parte histórica à volta do farol. Apresenta ainda um centro de interpretação do Vulcão onde se paga para o vermos mais de perto e lermos a história do mesmo, que está adormecido desde 1958. Aqui subimos a um monte onde se consegue ver tudo, que sítio tão imponente!


Vulcão e Farol dos Capelinhos

Seguimos e almoçámos umas pizas num snack-bar na Fajã – aqui visitámos a praia mais linda que já vi! O contraste da areia preta com as montanhas verdes e o azul do mar é só algo espetacular! Não podemos ir ao banho pois haviam caravelas portuguesas na costa e tivemos receio.


Praia da Fajã

Mantivemos o mesmo ritmo (cerca de uma a duas horas em cada sítio) e seguimos a explorar o resto da ilha, sempre pela periferia. Passámos por várias praias e miradouros mas nem sempre parámos. Vimos os moinhos de chá, imenso verde, azul e, adivinhem… Vacas! Mas tudo a conviver com uma harmonia que deixava os nossos olhos descontraídos apesar de ocupados com tanta paisagem maravilhosa.


Moinha de Chá

O fim deste dia terminou no Miradouro da Nossa Senhora da Conceição, o miradouro mais lindo e completo da ilha! Daqui consegue-se ver a cidade da Horta toda e a sua envolvência, a ilha do Pico, e do outro lado da estrada o restante da ilha. Se tivermos sorte com o tempo ainda se consegue avistar a ilha de São Jorge!


Vista do Miradouro da Nª Srª da Conceição

A partir deste dia ficámos no Hotel Canal, mesmo em frente à marina - recomendamos! Jantámos no restaurante Atlético, onde fomos muito bem atendidos e adorámos a comida. Convém sempre reservar. À noite demos um passeio pela marina, ainda tentamos beber o famoso Gin do Peter´s mas estava a abarrotar então desistimos.


Dia 3 (4º dia no Faial):

Acordámos cedo e fomos rumo à Caldeira, que se situa mais coisa menos coisa no centro da ilha. Este foi o primeiro dia de sol, mas com o desaparecer das nuvens e da humidade o tempo estava mais fresco. Belo dia para se ver a caldeira, e a zona de onde a vimos (Cabeço Gordo) até se conseguia ver bem o Pico! Mais um marco a não perder na ilha! A estrada sempre bem arranjada com hortências por todo o lado.



Aproveitámos o sol e resolvemos então ir à famosa praia de Porto Pim. Com uma paisagem muito bonita, é uma pequena baía entre a cidade da Horta e o Monte da Guia. A água parece vinda de um postal, cristalina e calma. Aqui a areia não é muito escura. Não se via muita gente, mas para nossa desilusão a areia estava muito suja, cheia de beatas e plástico. Sendo uma das mais famosas praias do Faial deve ter mais atenção turística e por isso menos cuidado. Uma pena tendo em conta a beleza envolvente. Antes de pararmos aqui tínhamos passado na praia do Almoxarife, mesmo em frente à ilha do Pico, mas decidimos ir para a de Porto Pim – não compensou a decisão. Um pouco cansados da areia suja mas com a ilha já toda vista decidimos então explorar um pouco do interior da cidade, fomos ao mercado e vimos algumas ruas. Com o sol a espreitar não aguentamos muito nas ruas da cidade e fomos então novamente a banhos ao nosso sítio favorito – as piscinas naturais do varadouro. Novamente para a mesma zona de saltos ali ficámos super tranquilos a refrescarmo-nos.



Quando voltámos para o hotel já o sol dava sinais de se querer ir embora e dar lugar à lua. Ainda pensámos ir até ao Monte da Guia ver o pôr-do-sol, mas com o tomar banho, vestir e jantar já não iriamos a tempo – mas ainda bem! Ver o pôr-do-sol é maravilhoso, mas o que vimos foi algo diferente – a lua a nascer atrás do Pico! Com aquelas cores ficámos pasmados com a imagem. Vale muito a pena num dia sem nuvens ver isto.



Este foi o último dia de passeios pois no dia seguinte logo pela manha apanhámos o voo até São Miguel, mais uma história que ficará para contar. ;)

Em suma, dois dias servem para se ver o melhor da ilha, sem pressas, no entanto recomendamos ir 4 dias (dois para as viagens e dois para explorar a ilha sem horários). Existem ferrys que demoram cerca de 30 minutos até à ilha do Pico – para quem ficar mais tempo é uma boa ideia visitar a ilha vizinha. Almoços fomos sempre ou comendo em snack-bares ou levávamos do Continente sandes. Jantámos fora duas vezes – no Atlético e no Kabem Todos.


Para uma visão mais gráfica aqui está o link do vídeo:

Até breve!



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